Conexão - em 20/06/2010 por Arthur Antunes Coimbra

Trabalhar muito e pensar na frente

Os dias têm sido de muito trabalho, portanto pouco tempo para acessar a internet, mas tenho percebido nos e-mails, nos comentários do blog, do twitter, nas ruas a ansiedade dos torcedores por contratações e o receio de que o time não corresponda no Brasileiro. São muitos nomes aparecendo nos jornais e quase nenhum chegando para assinar contrato. A Conexão ZNR desta semana eu dedico a falar um pouco do trabalho que estamos tentando fazer silenciosamente.

Quem me conhece sabe que sou radicalmente contra medidas desesperadas e penso que isso não combina com profissionalismo. É planejar e trabalhar. Muita coisa precisa ser feita no Flamengo, mas não adianta chegar cometendo loucuras. É tradição responder aos torcedores com contratações em massa, que muitas vezes se tornam problemas na folha de pagamento e sequer jogam. E aí na hora de mandar embora o prejuízo fica com o clube. Sempre foi assim.

O torcedor precisa entender que a realidade do futebol hoje é diferente. Qualquer nome especulado pelo Flamengo se valoriza e muita gente está usando a marca do clube para fazer melhores contratos em outros clubes. É o chamado leilão. Não quero deixar o Flamengo ser usado, mas isso não significa que não estamos trabalhando por reforços. Eles vão chegar e o time estará mais forte, mas desconfie sempre das especulações que você lê no noticiário. Pode ser apenas alguém tentando usar o nosso clube para levar vantagem.

O que eu gostaria que o torcedor entendesse é que o Flamengo precisa de uma mudança definitiva, daquelas que devemos fazer com firmeza e cuidado. Mudanças na estrutura, uma reestruturação das divisões de base que hoje estão em situação delicada. Não é por acaso que a gente não vem conseguindo colher os talentos como deveria. E, ao mesmo tempo em que tentamos reforçar o time, estamos arrumando esse terreno difícil.

É olhando com atenção para a base que faremos gerações vencedoras, que trarão títulos e craques para brilhar e trazer recursos para o ciclo continuar.

Vou encerrar a coluna reforçando o convite para que você, torcedor, acredite no trabalho. Nosso trabalho é intenso e muitas vezes silencioso. A preocupação é com o clube e não com os holofotes. Mantenha a confiança e a sua torcida. É uma luta que tem sempre gente jogando contra, por isso vamos precisar cada vez mais do maior patrimônio que o clube construiu: a torcida.

Até a semana que vem!