Márcio Iannacca e Maurício Fonseca foram os convidados do Futebol de Verdade

8 de dezembro de 2015 NewZ 2622 Views
Márcio Iannacca e Maurício Fonseca foram os convidados do Futebol de Verdade

Nesta segunda-feira (07/12), no programa Futebol de Verdade da Rádio Globo, Zico, Juninho Pernambucano e Felipe Cardoso, conversaram com os jornalistas Márcio Iannacca, do Globoesporte.com e Maurício Fonseca, do Jornal O Globo. A rodada final do Brasileirão e seus desdobramentos, o momento de turbulência na CBF e as eleições no Flamengo, foram alguns dos assuntos debatidos. Também participou do programa, o advogado especialista em direito desportivo, Paulo Bracks.

Os debatedores começaram o programa falando sobre o rebaixamento do Vasco para a série B do Campeonato Brasileiro. Zico salientou que o drama vivido pelo Vasco, é um problema do futebol carioca, já que Flamengo e Fluminense também não fizeram boas campanhas. O Galinho destacou a falta de organização do futebol no estado, como um fator determinante para as constantes campanhas ruins dos quatro grandes. Juninho comentou sobre a tristeza de ver o Gigante da Colina rebaixado pela terceira vez, mas elogiou a postura e o trabalho do técnico Jorginho, na reta final da competição.

–  Sobre a reação que eu vi no segundo turno, eu tenho que parabenizar todos os jogadores, porque foi uma reação importante, o Jorginho se portou muito bem, fez um belíssimo trabalho – Comentou Juninho Pernambucano.

Na sequencia, foi a vez de falar do Flamengo, que no domingo perdeu para o Palmeiras por 2×1 no Maracanã e terminou o Campeonato Brasileiro na 12ª colocação com 49 pontos. Juninho Pernambucano considerou a campanha do Rubro-Negro bem ruim, principalmente em função do elenco caro que o clube possui. O Galinho destacou que se não fosse a sequência de seis vitórias, obtidas no início do segundo turno, o Flamengo chegaria a reta final lutando  para não cair. Zico ainda criticou algumas escolhas da diretoria:

– As escolhas forma péssimas no futebol, seja de comissão técnica, seja de jogadores. Quando o Flamengo entra em uma competição, tem que disputar para vencer. O final da temporada foi triste e melancólico, com problemas mil dentro do clube – Disse o Galinho.

Sobre a reeleição do presidente Rubro-Negro, Eduardo Bandeira de Mello, tanto Zico, quanto o jornalista Maurício Fonseca, concordaram que o desafio do dirigente e sua equipe, será mostrar resultados relevantes no futebol, como tem sido feito na parte administrativa.

Os debatedores também discutiram sobre o final ruim do Fluminense, que na última rodada perdeu para o Figueirense por 1×0 e terminou na 13ª colocação. Felipe Cardoso destacou a enorme queda de rendimento do time das Laranjeiras no segundo turno, onde fez apenas 14 pontos em 19 jogos. Márcio Iannacca, criticou a postura de alguns torcedores do Fluminense presentes no Estádio Orlando Scarpelli, segundo o jornalista, parte da torcida Tricolor comemorou o gol do Figueira, já que o resultado prejudicava o Vasco: 

– O que leva um torcedor do Fluminense a pagar ingresso e entrar no estádio, para torcer contra o seu time? Não paga o ingresso, fica em casa, comemora em casa que o Vasco foi rebaixado – Explanou Iannacca.

Na segunda parte do programa, foi realizado um debate sobre a atual situação da CBF, após a prisão de José Maria Marin, em maio e o recente pedido de afastamento de Marco Polo Dell Nero, denunciado semana passada pela justiça dos Estados Unidos, por corrupção, formação de quadrilha e enriquecimento ilícito.

Zico disse não estar surpreso com os escândalos envolvendo a entidade máxima do futebol brasileiro e ainda criticou o atual sistema de eleição da CBF, que beneficia certos grupos a se perpetuarem no poder. O advogado Paulo Bracks, falou um pouco sobre a eleição para escolha do novo vice-presidente da CBF, que ocorrerá no dia 16 de dezembro:

– Nessa eleição do dia 16, vão ter dois candidatos, o Paraense, Coronel Antônio Nunes e o presidente da Federação de Santa Catarina, Delfim Peixoto. É um colégio eleitoral de 67 membros. Vai ser usado pela primeira vez o estatuto da CBF com essa nova composição, onde os clubes das séries A e B vão votar, são 40 clubes, mais as 27 federações estaduais – Comentou Bracks.

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