Nesses meses desde que cheguei ao CSKA tive algumas oportunidades de conhecer Moscou nos dias de folga. Não por acaso, dediquei mais tempo a este lado turístico nas vezes em que estive com Sandra aqui. As fotos que separei são destes passeios, de dia ou à noite, que fizemos pela cidade que é a maior em termos populacionais da Europa. Eu sou um entre quase treze milhões de pessoas da conhecida Moscovo ou Moscou, como dizemos em português, a capital da Rússia e do poder econômico do país.
Muita gente que não conhece nada da Rússia sabe ao menos sobre Moscou. Foi aqui, por exemplo, que Napoleão perdeu a guerra em 1812, ao sofrer uma emboscada. Foi também esta a cidade capital da União das Republicas Socialistas Soviéticas, a da URSS ou CCCP, de Stalin. Trtosky e Cia. E que acabou em 1991 com a queda do regime socialista na região.
Comecei pela parte histórica porque é por aí o mais curioso. O tamanho e a força de Moscou tem muito a ver com isso. É aqui que fica o governo do país, tanto a parte administrativa – conhecida como Kremlin – como a residência oficial do presidente Dmitri Medvedev. O Kremlin de Moscou com suas torres é sem dúvida uma das principais atrações turísticas. Descobri pesquisando aqui que Kremlin é sinônimo de “fortaleza” em russo. Fica na Praça Vermelha, que é patrimônio universal tombado pela UNESCO. Ou seja, devem ser preservados ao máximo para a humanidade.
O turismo, por sinal, vai muito para o lado arquitetônico. São dezenas de catedrais, igrejas belíssimas e monumentos que ajudam a contar a história do país e da cidade de Moscou, envolvida nas duas grandes guerras. E a influência da igreja é forte. Não por acaso, também aqui fica a sede da Igreja Ortodoxa Russa, uma dissidência oriental que tem mais de 100 milhões de adeptos.
Pertence aos ortodoxos a grande maioria das catedrais famosas, como a de São Basílio, com suas cúpulas e um colorido especial. A combinação entre cúpulas, cores e ainda s torres dão a cidade uma forma especial. É muito bonito ver à noite, especialmente porque a maioria ganha iluminação especial.
Mas há opções para todo o tipo de lazer, além de visitas turísticas. Por ser uma capital, o centro econômico, tem culinária para todos os gostos, vida noturna e tudo que uma metrópole pode oferecer. Mas isso sai caro. Já senti no bolso que Moscou é mesmo a cidade mais cara do mundo para se viver. Um estudo comprovou o que vejo aqui no dia a dia. Pelo terceiro ano seguido, o custo de vida de Moscou supera o de Tóquio, onde também morei para comprovar.
Apesar do inverno rigoroso que traz muita neve à cidade e impede a prática esportiva em campo aberto, o futebol é um esporte muito popular e que mexe com o povo. Não por acaso, dos 16 times que disputam a Premier League, a primeira divisão daqui, seis são de Moscou. Entre os mais tradicionais, além do CSKA, tem o Dynamo, o Lokomotiv e o Spartak. Dois estádios grandes, um em construção pelo CSKA, fazem da cidade o pólo do futebol no país.
Apesar de todas estas características tão peculiares, fui encontrar aqui um elemento que une Moscou ao meu bairro de Quintino. O brasão da cidade traz São Jorge, o guerreiro da Capadócia, que tem sua igreja matriz no bairro onde nasci e cresci. São Jorge fica estampado nos ônibus que rodam pela cidade e registrei com minha máquina fotográfica.
Então fica aqui mais uma dica. Passe por Moscou se estiver por aí pelo... Mundo Afora.
