| O sonho do tricampeonato do Torneio Octávio Pinto Guimarães acabou nesta quarta-feira para os Juniores do CFZ do Rio. No tempo normal, o Azul e Branco foi superado pelo Fluminense por 2 a 1, no estádio Antunes, e, na disputa de penalidades máximas, o Tricolor foi melhor e venceu por 3 a 2. A última possibilidade de ser campeão no ano em que o clube completou 10 anos ficou pelo caminho.
A campanha foi brilhante e ficar entre os quatro melhores clubes do estado numa competição em que participam equipes de todas as divisões é algo para ser comemorado. Claro que a decepção fica por saber que este time poderia ter ido ainda mais longe, mas não se devem tirar os méritos de uma comissão técnica e de jogadores que colocaram muita garra a cada partida.
O Fluminense abriu o placar com Maurício em jogada que começou irregular, pois no meio-de-campo, o atleta tricolor que ganhou o lance levantou demais o pé. O árbitro Eduardo Cordeiro Guimarães preferiu favorecer o time grande e mandar o lance seguir. O CFZ diminuiu graças a Crispin, que disparou pela direita, deixou alguns marcadores pelo chão e tocou para Alessandro empatar. No segundo tempo, num bololô na área, Alexandre empurrou para dentro, porém, segundo a comissão do CFZ, com a mão. Nos pênaltis, o time do Recreio perdeu três cobranças e deu adeus ao título.
Na decisão da OPG, o Fluminense vai encarar o Flamengo, que venceu o Nova Iguaçu por 1 a 0, na Gávea, e também garantiu sua presença nas finais.
O JOGO
A marcação do CFZ começou bem consistente tanto que o Fluminense só ameaçava com chutes de meia distância como o de Fernando, aos quatro minutos, que passou perto. O Tricolor teve uma ótima chance aos 16 numa cabeçada à queima-roupa de Maurício, que Walace Gomes fez grande defesa. Os donos da casa levavam perigo nos contra-ataques como o puxado por Júlio César aos 18, em que ele tocou para Alessandro fazer o gol em impedimento quando tinha a opção de passar para Crispin que entrava livre pela direita.
Aos 20, o Flu abriu o placar com uma jogada que começou irregular graças a um pé alto no meio-de-campo. Os visitantes ganharam o lance com a mãozinha do árbitro, mandaram para a área, zaga tirou parcialmente e Maurício acertou uma bomba da entrada da área no fundo da rede. O Fluminense quase aumentou aos 26 em jogada armada por Renan, que sobrou para Alexandre bater e o goleiro do CFZ espalmar para fora.
O time do Recreio não desistiu de buscar sua classificação no tempo normal e, aos 31, conseguiu empatar o jogo, resultado que lhe garantiria na decisão. Crispin disparou pela direita, deixando seus marcadores na saudade e cruzou rasteiro para Alessandro completar com competência para as redes tricolores. A virada ameaçou o Flu aos 40 quando Crispin cobrou escanteio e Wallace cabeceou uma bola que quicou na pequena área e encobriu a meta.
O CFZ voltou a ameaçar aos quatro minutos de segundo tempo, quando Alessandro roubou uma bola, levou até a grande área e cruzou para o meio, mas Diego se atrasou um pouquinho e não conseguiu cabecear. Walace Gomes salvou o Azul e Branco ao defender um chute cara a cara de Felipe aos oito. Aos 12, as coisas se complicaram para o CFZ por causa da expulsão de Flávio, que já tinha amarelo e deu um carrinho desnecessário.
O gol da vitória tricolor veio aos 20 em bola cruzada na área e, como ninguém conseguiu afastar o perigo, Alexandre tratou de empurrar para o fundo da rede. Segundo a comissão técnica do CFZ, foi com a mão, mas o árbitro ignorou as reclamações e validou o lance. O volante Márcio levou perigo para o Flu em duas cobranças de falta. Aos 23, ele mandou para fora e, aos 39, o goleiro Alessandro, fez boa defesa. Um pouco antes, aos 32, o tricolor Fernando também levou cartão vermelho e as duas equipes levaram o jogo até a disputa de pênaltis.
O CFZ começou batendo e marcando com o capitão Wallace. Felipe tocou de forma displicente na bola e Walace Gomes chegou a tocar, mas a viu morrer lá dentro. Na seqüência, Rodolpho cobrou à meia-altura e Alessandro defendeu, mas Madisson manteve a igualdade ao chutar para longe da meta. Bruno cometeu o mesmo erro do companheiro e Alessandro voltou a pegar, mas, desta vez, Alexandre colocou o Flu em vantagem.
Crispin deixou a esperança do CFZ viva e Renan, ao bater na trave, também. Alessandro, que tem ótimo aproveitamento e foi um dos melhores do Azul e Branco em todo o campeonato, chutou no alto, porém para fora e a festa foi tricolor quando Matheus não desperdiçou e fechou o placar dos pênaltis em 3 a 2 para a equipe de Xerém. O ano acabou para os Juniores do CFZ do Rio, mas a carreira continua e a hora é de levantar a cabeça e seguir em frente em 2007.
FICHA TÉCNICA
CFZ do Rio 1 (2) x 2 (3) Fluminense – 22/11/06
Estádio Antunes, Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro (RJ)
Cartões Vermelhos: Flávio (CFZ); Fernando (FLU)
Cartões Amarelos: Crispin, Wallace, Márcio, Bruno e Rodolpho (CFZ); Sandro, Renan e Matheus (FLU)
CFZ DO RIO
Walace Gomes; Crispin, Wallace, Allan e Bruno; Márcio, Rodolpho, Flávio e Wesley (Tenório); Júlio César (Diego) (Raphael Tic) e Alessandro.
Técnico: Dudu Coimbra.
Supervisores: Bernardo Correia e Carlos Garrit. Preparador Físico: Rodrigo Martin. Preparador de Goleiros: Alexandre Pinheiro. Médico: Dr. Luiz Alexandre. Massagista: Jorjão. Roupeiro: Jorginho.
Fluminense
Alessandro; Róbson (Matheus), Sandro, Caio e Madisson; Maurício, Fernando, Renan e Thiaguinho (Felipe); Alexandre e Mário (Noel).
Técnico: Anthoni Santoro.
Arbitragem
Eduardo Cordeiro Guimarães, auxiliado por Carlos Eduardo Meireles e Eduardo de Lima Francisco. 4º Árbitro: Wendel de Paiva Gouvêa. |
