|  A equipe juvenil do CFZ do Rio vai começar o ano de 2009 com um sotaque candango. Isso porque sete jogadores vindos da parceria com o CFZ de Brasília foram integrados ao grupo. Destes, três foram promovidos da categoria infantil do Azul e Branco – os meias Rafinha e Jadson e o atacante Saimom – e quatro são recém-chegados da capital federal: o volante Brênio e os meias Elvis, Elvinho e João Paulo.
Em setembro de 2008, o time infantil do CFZ se preparava para a disputa da segunda fase do Estadual da categoria. Na estréia, derrota para o Fluminense por 2 a 1, em Xerém. A partir daquele jogo, porém, a equipe começou a ganhar uma cara nova. Uma não, quatro. Com as chegadas de um quarteto do CFZ de Brasília, o Azul e Branco, que já vinha mostrando bom futebol, despontou como único time do grupo de seis equipes que poderia tomar a vaga do Tricolor.
A classificação para a semifinal não veio, mas com Rafinha, Jadson, Saimom e o zagueiro Carlinhos (que no final do ano voltou para Brasília por motivos particulares), o time comandado pelo técnico Fernando Vannucci encerrou a fase três pontos atrás do Fluminense, que se sagraria campeão estadual.
Os quatro jogadores foram selecionados pelo CFZ durante a disputa da Copa da Amizade, no Centro de Futebol Zico, em agosto do ano passado. Após a boa participação no Estadual, no final de 2008 o Azul e Branco infantil disputou a Youth Cup, em Belo Horizonte. Melhor time da primeira fase, o CFZ acabou em terceiro lugar, com Rafinha como artilheiro do campeonato. Com o desempenho, os garotos despertaram a atenção de clubes grandes, como Cruzeiro, Atlético-MG, Internacional, Flamengo e Fluminense.
Com a virada do ano, Rafinha, Jadson e Saimom foram promovidos para a equipe juvenil, comandada por Wallace Padrão. Na semana passada Elvis, Elvinho, João Paulo e Brênio se juntaram ao elenco.
Em pé: João Paulo, Elvis, Brênio e Elvinho; agachados: Jadson, Saimom e Rafinha - frutos da parceria com o CFZ de Brasília
Além de serem frutos da parceria entre CFZ do Rio e CFZ de Brasília, muitas coisas em comum unem os sete garotos. Eles são os únicos jogadores de futebol de suas famílias, que torcem à distância pelo sucesso nos gramados. A chegada ao Rio de Janeiro, um grande centro de futebol no país, é um grande passo para alcançar o objetivo no mundo da bola.
- A distância da família é só uma das dificuldades. Vão aparecer várias. Tem que encarar – começa Rafinha.
- Para ter alguma coisa tem que sofrer, batalhar. Podemos dar certo ou não como jogadores. Estamos com sorte até agora. Do céu só cai chuva – diz Saimom.
- Todos nós queremos dar uma vida melhor para as nossas famílias – completa Jadson.
Com os quatro recém-chegados o processo foi diferente. Em uma visita ao CFZ candango, o presidente do CFZ do Rio, Bruno Coimbra, assistiu a um jogo-treino e fez a seleção.
- Sabíamos que o Bruno estava lá, mas não passou na cabeça de ninguém que ia ter essa escolha – conta Brênio. Falavam para gente que no Rio e São Paulo estava o meu futuro. Jogar no time do Zico ajuda muito. Você está no bolo.
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