| Na abertura do returno da segunda fase do Estadual da segunda divisão, o CFZ do Rio deixou escapar uma boa chance de vencer o Boavista, em Bacaxá. O Azul e Branco chegou a estar vencendo por 3 a 1, com três gols de Leandro, mas permitiu o empata por 3 a 3. O segundo gol do Boavista foi marcado em impedimento, o árbitro Amaurílio Sá Leão permitiu a violência e os auxiliares estavam mal intencionados, mas, apesar de tudo, o CFZ teve oportunidades para decidir a partida.
O resultado deixou o grupo D completamente embolado já que o Estácio venceu o Artsul, por 2 a 1, e as duas equipes somam seis pontos, enquanto CFZ e Boavita estão com cinco cada. A próxima rodada em que o time dirigido por Júlio Marinho vai receber o Artsul em Moça Bonita vai decidir quem segue na briga pela vaga na final. Em Bacaxá, o Boavista vai receber o Estácio em outro jogo decisivo da chave. No grupo E a briga está mais centralizada entre Macaé e Guanabara, que se enfrentam neste final de semana.
A arbitragem teve papel decisivo no resultado final da partida entre CFZ e Boavista, já que Amaurílio Sá Leão preferiu ignorar que o zagueiro Cadão, que já tinha cartão amarelo, por fazer uma falta desclassificante em Leandro, autor dos três gols, repetiu a dose. Ao invés de expulsar o zagueiro do Boavista, ele nem marcou a falta enquanto o camisa 10 do CFZ deixou o gramado contundido. Os auxiliares não foram muito melhores, pois o segundo gol do Boavista foi marcado em impedimento clamoroso. Do outro lado, o bandeirinha foi mais eficiente na marcação do ataque CFZ que a defesa do time de Bacaxá. Ele marcou impedimentos absolutamente inexistentes que nem a torcida local acreditava.
Sidicley falou sobre a partida, tentando entender o que aconteceu em campo: “é difícil explicar, porque ganhávamos por 3 a 1 e deixamos o adversário empatar. Mas futebol é isso, pois eles também precisavam do resultado e vieram para cima. Tivemos uma infelicidade de tomar gol de bola parada, mas estamos vivos na competição. Tivemos oportunidade de fazer mais gols, cedemos o contra-ataque ao Boavista e acabamos sofrendo o empate. O importante é que vamos brigar até o final pela classificação”, resumiu o volante.
O JOGO
O Boavista começou melhor na partida empurrado pela torcida que empurrava sua equipe para cima do CFZ do Rio. O goleiro Ricardo começou a fazer milagres logo aos 13 minutos numa cabeçada cara a cara de João Rodrigo. Dois minutos depois em cruzamento para a área azul e branca, a zaga não afastou e Zé Anderson desperdiçou a chance mandando por cima da meta. Em alguns momentos, o CFZ tinha a posse de bola, mas faltava a conclusão a gol. Aos 19, André Gomes cruzou, Alexandre teve tempo de dominar a bola, mas o chute saiu sem direção.
Para piorar a situação, aos 20, em contra-ataque bem armado por Eberson, João Rodrigo abriu o placar para o Boavista. O CFZ então começou a acordar e, aos 23, Leandro rolou para uma bomba de Sidicley que encobriu o gol defendido por Erivelton. Os contra-ataques eram a arma da equipe de Bacaxá que, com Eberson, partiu aos 26 e, desta vez, ele tentou o chute para boa defesa de Ricardo. Aos 30, Zé Anderson teve a chance de ampliar de cabeça, mas mandou para fora com perigo.
O show de Leandro começou aos 36 quando ele resolveu arriscar um chute da intermediária e empatou o jogo com um golaço. O camisa 10 era o maestro do CFZ do Rio e invertia o jogo com tanta facilidade como se estivesse dado um passe para o lado. Aos 44, Alexandre fez grande jogada individual pela esquerda do ataque azul e branco cruzou para Leandro apenas desviar para o fundo da rede, virando a partida no estádio Eucy Resende de Mendonça.
O segundo tempo se iniciou como terminou o primeiro: com gol do CFZ do Rio. Aos cinco minutos, André Gomes fez lançamento milimétrico para Leandro invadir a área e tocar na saída do goleiro Erivelton: 3 a 1 para os visitantes. Aos 11, Cadão resolveu iniciar uma série de pancadas em Leandro para tirar o artilheiro do jogo de campo. Na primeira, ao menos, ele levou cartão amarelo, mas, na segunda, por volta dos 20, o péssimo Amaurílio Sá Leão nem deu falta e Leandro saiu de campo para não voltar mais.
Aos 23, André Gomes mandou uma bomba contra a meta do Boavista que passou perto. Aos 30, o empate começou a ser construído quando uma bola sobrou nos pés de Jackson, em impedimento, e o atacante reserva diminuiu a diferença do CFZ do Rio. Aos 33, Alan armou bom contra-ataque para os visitantes, lançou Alexandre, que tinha a chance de matar o jogo e a reação, mas segurou demais a bola e ainda chutou longe da meta do Boavista.
Empolgados, os donos da casa foram para cima e, aos 34, o zagueiro Leandro deu uma de lateral-esquerdo e fez um cruzamento perfeito na cabeça de Sérgio Gomes, que só desviou para deixa tudo igual. Depois, o jogo ficou totalmente aberto e emocionante até o encerramento. A primeira boa chance foi do Boavista pelo alto aos 36, mas aos 38 André Gomes respondeu com um chute de primeira que passou assustando o goleiro Erivelton. Aos 43, Sérgio Gomes desperdiçou uma chance para o time da casa e, nos descontos, Danilo furou cruzamento da direita na pequena área e não conseguiu dar a vitória aos visitantes.
FICHA TÉCNICA
CFZ do Rio 3 x 3 Boavista – 14/06/06
Estádio Eucy Resende de Mendonça, Bacaxá (RJ)
Cartões Amarelos: Abílio, Ziquinha e Alexandre (CFZ); Cadão (BOA)
CFZ DO RIO
Ricardo; Glauber, Abílio, Wallace e Alan; Sidicley, André Gomes, Felipe (Clécio) e Leandro (Danilo); Ziquinha (Alessandro) e Alexandre.
Técnico: Júlio Marinho.
Supervisor: Carlos Garrit. Coordenador Técnico: Zé Carlos. Preparador Físico: Paulo César Fagundes. Preparador de Goleiros: Bahia. Diretor Médico: Dr. Pedro Cirillo. Médico: Dr. Luiz Alexandre. Massagista: Jorjão. Roupeiro: Jorginho.
Boavista
Erivelton; Sérgio Gomes, Cadão, Leandro e Maciel; Tiaguinho, Cardoso (Butti), Eberson (Wennedy) e Zé Anderson (Jackson); Flávio Santos e João Rodrigo.
Técnico: Carlos Roberto da Cunha.
Arbitragem
Amaurílio Sá Leão, auxiliado por Avelino Pimentel e Vilmar Raul. 4º Árbitro: Rodrigo Sá. |
