futebol profissional

em 26/04/2006

A invencibilidade do CFZ do Rio na segunda divisão do Campeonato Estadual foi quebrada, mas a liderança do grupo B continua nas mãos do time do Recreio. O Azul e Branco foi superado pelo Tigres do Brasil, por 3 a 2, em pleno estádio Antunes, na tarde desta quarta-feira. O empate do Duque de Caxias com o Mesquita foi importante porque o CFZ está com 13 pontos contra 11 da equipe da Baixada, que tem mandado seus jogos em São Januário. Os líderes da chave, inclusive, se enfrentam no próximo sábado, no estádio do Vasco e o vencedor deste confronto termina o primeiro turno na frente.

O Tigres marcou através de Rodrigo, duas vezes, e Edu, enquanto o time da casa descontou com Alessandro e Alexandre. O técnico Júlio Marinho fez um resumo deste primeiro resultado negativo: “é um acidente de percurso que aconteceu dentro da competição. A gente precisa ter amadurecimento e aprender com o dissabor da derrota para crescer em cima dela, se tornando um time ainda mais forte”, explicou o treinador, que vem sofrendo com os desfalques a cada partida.

O time sentiu a falta do volante e capitão André Gomes, um dos líderes em campo, do atacante Bruno Andrade, que era o artilheiro do time, e do lateral Clécio, que vinha dando uma boa cobertura na lateral. André segue com a mão quebrada e só deve ter condições de retornar ao time no returno. Bruno e Clécio foram vetados pelo departamento médico por lesões musculares. “Alguns atletas estavam sem ritmo de jogo, então chega um determinado momento em que eles não conseguem suportar a partida. Mas isso é normal”, disse Júlio Marinho.

A arbitragem de Edílson Soares da Silva também foi um ponto negativo da partida. O Michael Jackson, como é conhecido, ignorou um pênalti escandaloso do zagueiro do Tigres, que cortou um cruzamento de Alessandro com a mão dentro da área. “Não gosto muito de falar da arbitragem, mas o problema maior é que ele deu muitas faltinhas que só começou a dar no final do jogo. Com isso, o árbitro vai esfriando o time. No lance do pênalti, ele alegou que o braço estava colado no corpo, mas, se isso fosse verdade, a bola não seria cortada pelo alto”, contou o treinador.



O JOGO
Apesar do sol forte, o ritmo das duas equipes foi puxado desde o início. Mas CFZ e Tigres corriam mais que criavam reais oportunidades de abrir o placar. As primeiras chances foram dos donos da casa. Aos 10, Alessandro cruzou da direita, um zagueiro recuou de maneira esquisita e o goleiro Marcos evitou o gol contra. Um minuto depois, um chute de Sidicley exigiu defesa difícil do camisa 1 visitante. Já aos 14, Alexandre deu bom passe para a penetração de Wellington Cássio que acertou a rede pelo lado de fora.

O lateral-direito do CFZ tentou repetir a atuação que tivera na última partida em casa (vitória por 3 a 2 contra o Itaperuna) e continuou partindo para cima do adversário. Aos 18, um de seus cruzamentos rasteiros assustaram Marcos que espalmou para longe de qualquer jeito. Aos 24, Sidicley colocou Danilo de frente para o gol, mas o jovem meia mandou por cima da meta do Tigres. Os visitantes apenas esperavam e viviam de ataques ocasionais ou chutes de longa distância como o de Flavinho, aos 27, que passou muito perto.

O jogo estava equilibrado, mas a verdade é que o Tigres não criava grandes chances e, logo na sua primeira, aos 37, fez o gol. A jogada começou com uma bomba de Edu no travessão que Flavinho pegou o rebote e cruzou para a cabeçada certeira de Rodrigo. O empate quase veio dois minutos depois quando Danilo recebeu completamente livre na pequena área, mas tentou um novo corte e deu tempo da zaga se recuperar. Wellington Cássio pegou a sobra e levantou na cabeça de Alessandro que acertou o travessão.

O CFZ saiu para o intervalo atrás no placar pela primeira vez na competição. Isso fez mal para o time que voltou ainda mais desligado para a etapa final e, aos cinco, o Tigres aumentou a vantagem para 2 a 0. Flavinho fez boa jogada individual pela esquerda e só rolou para o complemento de Edu. O Azul e Branco passou por momentos de descontrole como na saída errada de Daniel Melo que Flavinho chegou antes do goleiro Ricardo, mas errou o alvo. A equipe da casa só conseguiu realmente voltar para o jogo com seu primeiro gol, aos 17, quando Wellington Cássio cruzou rasteiro para Alessandro mandar para o fundo da rede.

Com a defesa bem postada, o jeito era arriscar de longe e, aos 26, Wellington Cássio quase surpreendeu Marcos desta forma, mas a bola se perdeu pela linha de fundo. No entanto, a grande chance do empate foi aos 32 em boa jogada de Leandro, que cruzou para a chegada do zagueiro Abílio, que, cara a cara, finalizou em cima do goleiro. O lance mais polêmico da partida ocorreu aos 40 quando Alessandro levantou uma bola na área que o zagueiro adversário cortou com a mão, mas Edílson Soares da Silva foi o único no estádio que não viu ou preferiu não ver.

O jogo seguiu e o CFZ cometeu um vacilo fatal aos 44. A equipe da casa tinha uma falta a seu favor na ponta-direita do campo de ataque, o time inteiro subiu e Leandro, ao invés de colocar na área, mandou uma bomba no meio da barreira e armou o contra-ataque dos visitantes. Flavinho carregou a bola e tocou para Rodrigo assegurar a vitória do Tigres. “É preciso ter a consciência que esta bola precisa ser alçada com força, mas sem parar na barreira”, analisou o técnico Júlio Marinho. No apagar das luzes, aos 47, Alessandro cruzou para Alexandre diminuir de cabeça, mas não havia tempo para mais nada.



FICHA TÉCNICA

CFZ do Rio 2 x 3 Tigres do Brasil – 26/04/06
Estádio Antunes, Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro (RJ)

Cartões Amarelos: Rony e Leão (TIG)

CFZ DO RIO
Ricardo; Wellington Cássio, Abílio, Daniel Melo e Alan (Renan); Sidicley (Gleison), Britto, Danilo (Glauber) e Leandro; Alessandro e Alexandre.
Técnico: Júlio Marinho.

Supervisor: Carlos Garrit. Coordenador Técnico: Zé Carlos. Preparador Físico: Paulo César Fagundes. Preparador de Goleiros: Bahia. Médico: Dr. Luiz Alexandre. Massagista: Jorjão. Roupeiro: Jorginho.

Tigres do Brasil
Marcos; Rony, Gustavo, Everaldo (Jajá) e Daves; Leão, Ederlei (Gatão), Caluta (Edu) e Éder; Rodrigo e Flavinho.
Técnico: Flávio Silva.

Arbitragem
Edílson Soares da Silva, auxiliado por Manoel do Couto Pires e Marcelo Melo Siqueira. 4º Árbitro: Carlos Renato dos Anjos.

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