futebol profissional

em 18/04/2006

O time Profissional do CFZ do Rio começou a segunda divisão do Campeonato Estadual com o pé direito e um dos principais jogadores, que vem ajudando a desequilibrar as partidas a favor da equipe é o meia André Gomes. Experiente, com passagens por Flamengo, Guarani e mais recentemente pelo futebol coreano, ele voltou ao Brasil e chegou para colocar o Azul e Branco do Recreio na elite do futebol carioca.

Em seu primeiro jogo oficial, André, de 30 anos, fez um golaço no estádio Antunes. Danilo cobrou escanteio e ele emendou uma bomba de prima sem defesa para o goleiro do Mesquita na goleada por 5 a 2. O meia é o homem de confiança do técnico Júlio Marinho, recebeu a faixa de capitão e o mais importante: é reconhecido pelo grupo como líder. André vem dando o ritmo do CFZ e crescendo junto com o time a cada atuação, mas ele garante que quer muito mais em entrevista ao ZNR.

ZNR: Por que você resolveu aceitar a proposta do CFZ do Rio para voltar a atuar no Brasil?

André Gomes: Primeiramente porque tenho uma confiança muito grande na comissão técnica. O Júlio [Marinho] já foi meu treinador. Depois fui conhecendo o pessoal do clube como o Carlinhos [Garrit, supervisor] e o próprio Zé Carlos [coordenador] e fui vendo a seriedade do trabalho, além da estrutura que tem o CFZ. É importante participar de um grupo que tem um objetivo. Eu queria voltar ao Brasil, jogar novamente em grandes equipes e hoje estou no CFZ buscando fazer uma boa campanha para todos voltarem a ver o André Gomes jogando, pois foram dois anos longe do país.

ZNR: Por que você decidiu deixar o futebol coreano e fazer o caminho de volta ao Brasil?

André Gomes: Tenho que resolver alguns problemas pessoais e precisava ficar um tempo por aqui. Além disso, este é um ano de Copa e fica tudo mais difícil no mercado internacional. Os jogadores de seleção precisam ser liberados e os campeonatos são mais curtos. As pessoas não querem investir tanto quanto nos outros anos. Quando fui para a Coréia havia um número de cinco estrangeiros, que foi reduzido para três nesta temporada, o que dificulta para a minha posição. A maior necessidade deles é de atacante, mas fizemos um bom trabalho e deixamos as portas abertas. O time [Pohang Steelers] não foi campeão, mas chegou à semifinal da Liga e vencemos a Copa da Coréia.

ZNR: Você sente que está jogando muito melhor do que antes de sair do Brasil? No CFZ, você está sendo o maestro do meio-campo e, principalmente na época de Flamengo, você era muito criticado.

André Gomes: Acho que são coisas diferentes. Quando você joga num clube como o Flamengo que não tem uma estrutura de time grande, o dia-a-dia é sobrecarregado. Só quem vive esta situação, conhece as dificuldades. Sou um jogador que participo muito do grupo, procuro ajudar todo mundo e isso me sobrecarregou por lá. Além disso, sou carioca, torcia para o Fla, o que se tornou um peso ainda maior. Tinha uma vontade muito grande de vencer na Gávea e, nos dois anos que passei lá, o primeiro foi de muita dificuldade e o meu futebol custou a aparecer. No momento que comecei a entender que não poderia resolver todos os problemas, passei a jogar mais. Dei uma volta por cima, joguei bem no final e foi importante, pois, quando terminou meu contrato, consegui a transferência para a Coréia. Joguei muitas partidas independentemente da cobrança da torcida e da imprensa. Não sei como está hoje, mas é um clube que desperta o interesse de qualquer jogador. Na verdade, a gente torce para que todos os grandes do Rio melhorem.

ZNR: Você não disputa a segunda divisão do Rio há muito tempo. Como está encarando a competição deste ano?

André Gomes: A última vez que disputei a segunda divisão foi em 97 pelo Bonsucesso depois de voltar da China. Pensava em ficar lá fora para conseguir minha independência financeira, almejava chegar a Europa e continuo com este objetivo, mas estava com disposição e vim para disputar a Segundona. A gente tinha tantos problemas que fica até difícil enumerá-los. Hoje não estou passando por isso no CFZ e conto isso para o grupo. Temos uma estrutura de time de ponta que quer subir e tem que subir. Mas, para disputar a segunda divisão o atleta precisa, além da técnica, de uma disposição muito grande porque tem que jogar em campos completamente irregulares e enfrentar arbitragens complicadas. É um campeonato que não está sendo acompanhado pelo grande público, o que facilita para quem quer comandar o jogo para um lado ou outro.

ZNR: Como você entende a função de capitão do time, uma espécie de representante do treinador dentro das quatro linhas?

André Gomes: É importante a confiança não só do Júlio como do grupo. Tenho meus objetivos, mas o clube está em primeiro lugar. Dentro do campo sempre fui um cara participativo independentemente de ser o capitão ou não. Vou sempre brigar e discutir buscando melhorar. Às vezes, a gente falha, mas um tem que estar cobrando e incentivando o outro. Não está havendo nenhum tipo de vaidade no CFZ. Nos times grandes, você sofre um pouco com isso e aqui todo mundo está querendo seu lugar, mas colocando o objetivo de subir à primeira divisão na frente.

ZNR: O que você está achando dos garotos formados no CFZ que estão entrando pouco a pouco no time?

André Gomes: Quando cheguei ao CFZ, vim mais para manter a forma, pois tinha algumas coisas em mente. Acabei decidindo fazer uma boa preparação para este campeonato pela confiança no treinador e a gente viu no dia-a-dia a condição destes meninos. Todos foram campeões nos Juniores. Eles estão cientes da oportunidade que está sendo dada a eles e o Júlio sabe trabalhar este lado, mesclando os mais experientes com os jovens. O pessoal da casa tem bastante qualidade e isso faz com que as alterações não diminuam a qualidade da equipe.

ZNR: Este início com três vitórias seguidas pode ser perigoso? Como um dos líderes do grupo, você sente que precisa frear esta empolgação com o bom começo?

André Gomes: Isso é importante. O campeonato é longo e temos muitas partidas pela frente. É até preocupante porque estamos vindo de jogos desgastantes e temos que nos recuperar muito rapidamente. O clube está dando o respaldo necessário na concentração e na alimentação. Pessoalmente, a gente vai orientando para não deixar esta euforia passar para dentro de campo, onde temos que estar concentrados para o jogo.

ZNR: Você pretende ainda fazer outro golaço igual ao da estréia contra o Mesquita? Diante do Serrano você quase repetiu a dose, mas o zagueiro acabou atrapalhando...

André Gomes: Estou me sentindo bem no CFZ, mas sei que não vou fazer gol todo dia até porque não é minha principal função. Mas a cada gol marcado pelo time, vibro como se fosse meu. O mais importante é que temos conseguido as vitórias. Sempre que tiver oportunidade vou procurar finalizar e espero fazer mais gols sim.

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