|  No final de fevereiro, quando começa a Copa Rio, Caco Espinosa terá a chance de provar à frente do time profissional do CFZ que o sucesso com os juniores em 2008 não foi em vão.
Para quem acha que a idade de 29 anos é pouca para um treinador - afinal, a maioria inicia a carreira após pendurar as chuteiras como jogador - o gaúcho responde com o currículo. Se prepara desde os 18 anos, quando entrou para a faculdade de educação física. Fez cursos, fez estágio no Barcelona, foi auxiliar técnico em vários clubes e comandou os profissionais do RS, no Rio Grande do Sul.
Chegou ao CFZ no meio do ano passado e desenvolveu o trabalho no time júnior iniciado pelo técnico Wallace Padrão. Com os bons resultados veio a promoção para os profissionais. E assim como Caco, vários ex-juniores também foram promovidos. Portanto, a base do time para o primeiro semestre será a prata-da-casa. Apesar disso, o treinador mantém a filosofia: "vamos entrar na Copa Rio para ganhar".
Como você recebeu o convite para assumir o time profissional? Já esperava?
Esperar, esperar, eu não esperava não. Mas a gente trabalha para chegar ao profissional. Já tínhamos conversado sobre isso no final do ano passado. Já procurei me preparar mais ainda porque a cobrança no profissional é muito maior. E para poder me manter ali.
Como é que está a sua cabeça para pegar pela primeira vez um time profissional no Rio de Janeiro?
Minha cabeça está tranquila. Como falei, sempre me preparei para isso. Mudam alguns detalhes, mas não muita coisa. O que é um pouco diferente é o jeito de lidar com algum jogador mais tarimbado, que leva uma conversa um pouco diferente. Em termos de treinamento não muda nada e no jeito de jogar, muito pouco. Já estávamos trabalhando no time júnior em ritmo profissional.
Mas a cobrança por resultados vai ser maior.
Claro. Enquanto na base o objetivo é formar, no profissional é ganhar, é chegar. Porém, na base eu sempre quis ganhar, além de formar. O objetivo nesse time também continua sendo formar. Levar os nossos jogadores e o que estão chegando para ver se conseguimos usá-los na Série B. Mas vamos entrar na Copa Rio para ganhar.
O fato de você trabalhar com jogadores conhecidos facilita, não é?
Muito. Até porque o trabalho que eu faço é específico, um pouco diferente do que é utilizado aqui no Rio. Os caras que eu conheço vão passando para que estão chegando agora.
Como estão sendo treinamentos?
Está praticamente um grupo só: os juniores e os que viraram profissionais. Estamos definindo a divisão do grupo, já que em março começa a segunda divisão júnior.
E como você vê o chegada do Delacir para ser o seu auxiliar técnico, além de treinador dos juniores?
Como ex-jogador ele vai trazer muita experiência. Assim como o (Sérgio) Banana (treinador de goleiros).
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