matérias especiais

em 09/09/2003

Quem acompanhou a VI Copa da Amizade Brasil-Japão, competição da categoria infantil que foi disputada no Centro de Futebol Zico e no CT do CFZ do Rio, teve a oportunidade de ver a seleção japonesa infantil jogar. Um time com bons jogadores, toques rápidos e uma defesa forte, que venceu Flamengo, goleou o Olaria e empatou com o Corinthians. Encerrou de forma invicta sua participação no torneio e só não passou para a semifinal porque o Corinthians terminou com melhor saldo de gols.

O trabalho é comandado por Keiichiro Nuno, de 42 anos, ex-jogador de uma época em que não havia ainda a liga profissional no Japão. Começou jogando na escola, como quase todos os japoneses na década de 70, e depois se especializou na formação de jogadores. Trabalha há mais de 15 anos nessa função e, recentemente, formou a seleção Sub-15.

"É o início de um trabalho, formamos esta equipe recentemente e nunca havíamos participado de uma competição internacional", destacou o treinador, que não poupou elogios aos times brasileiros e ao torneio. "O que me chamou a atenção foi a capacidade dos meninos brasileiros de executar passes em movimento. Espero que nossos jogadores consigam desenvolver isso. Para a seleção japonesa foi muito bom disputar a Copa da Amizade".

A seleção chegou no dia 19 junto com as equipes do Tokyo Verdy, Kashima Antlers e Norte, e aproveitou cada minuto de sua estada na cidade, encerrada nesta quinta-feira (28/08). Além da Copa, foram agendados amistosos contra Fluminense e outras equipes, já que o objetivo é dar experiência aos meninos. Mas Keiichiro, mesmo sem citar nomes, consegue enxergar alguns futuros craques nessa equipe.

"Na verdade fazemos um trabalho ao longo prazo, para revelar jogadores profissionais, e por isso precisamos jogar muito e dar experiência a eles. Creio que nesse grupo de dezenove jogadores, um terço deve chegar aos times da J-League e dois ou três devem conseguir se consolidar na seleção principal. Esse é o nosso objetivo final. Ao curto prazo, no próximo ano vamos disputar um torneio asiático de seleções Sub-17 e para isso nós estamos nos preparando agora", contou Keiichiro.

Keiichiro disse acompanhar à distância o futebol brasileiro e argentino nesta faixa etária. "Sempre fui treinador desta faixa etária. Na minha posição, como trabalho numa função importante na formação dos jogadores, sempre procuro informação do exterior.Tenho dificuldade porque essa categoria não aparece tanto na mídia".

Ao contrário do que acontecia anteriormente, quando os atletas da seleção infantil eram em sua maioria de escolas, esta equipe já tem os clubes da J-League como base, cedendo 70% dos dezenove jogadores que vieram ao Brasil. O Tokyo Verdy 1969, por exemplo, cedeu dois jogadores. "Contamos com o apoio dos times da liga e hoje os meninos de escolinhas e colégios são minoria", disse o treinador.

A principal referência de Keiichiro em relação ao futebol brasileiro é a seleção da Copa de 1982, com Zico, Sócrates, Falcão, Cerezo e cia. Especificamente sobre o Galinho, que é o treinador da seleção principal, ele disse que o viu jogar pessoalmente em Kashima e o admira, mas admite que acompanha mais de perto seu trabalho agora que ele é treinador da seleção. No final da entrevista ao ZNR, o treinador falou com entusiasmo de nosso cartão postal futebolístico.

"Aqui no Rio, ficamos muito concentrados na competição, mas visitamos o Maracanã, é claro. Fomos no jogo entre Flamengo e São Caetano com toda a delegação", encerrou Keiichiro, sorridente. Neste jogo, o Flamengo venceu por 1 a 0, pelo returno do Campeonato Brasileiro.

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