|  O primeiro clube-empresa do Brasil, o CFZ do Rio, está completando 10 anos de existência nesta quarta-feira, dia 12 de julho de 2006. Inicialmente, o clube se chamava Rio de Janeiro, mas problemas no registro obrigaram a mudança, que manteve a idéia original com a terminação ‘do Rio’. Nos últimos meses, a equipe ZNR intensificou o trabalho de pesquisa para recuperar dados históricos do clube e chegar aos números finais depois de visitas ao arquivo da Federação, Biblioteca Nacional, Jornal dos Sports e do próprio CFZ.
A equipe azul e branca já entrou em campo 243 vezes e seu saldo é positivo apesar do título do Estadual da segunda divisão ainda ser apenas um sonho. Até agora, o CFZ do Rio soma 123 vitórias, 55 empates e 65 derrotas com 412 gols marcados e 236 sofridos. A média de gols pró é 1,69 por partida, enquanto 0,72 é a média de gols contra. O ano de 2001 foi quando a equipe jogou mais vezes, disputando 46 partidas com 29 vitórias, oito empates e nove derrotas. Nas duas vezes em que disputou o Campeonato Estadual da terceira divisão, em 97 e 2004, o clube ficou com o título. Além disso, o CFZ venceu a Copa Integração em 2001.
Com o passar dos tempos, a Federação deixou de organizar a Copa Rio, que sempre movimentava os clubes no segundo semestre, e diminuiu o período de disputa do Campeonato Estadual da segunda divisão. Por isso, nos últimos cinco anos, o CFZ do Rio foi diminuindo o seu número de jogos oficiais e mantendo uma equipe Profissional apenas no primeiro semestre. Em 98, o clube teve a oportunidade de disputar o seu único torneio nacional: a Série C do Campeonato Brasileiro, mas não conseguiu passar da primeira fase.
Em 10 anos, o meia-atacante Cristiano Santos Gomes, mais conhecido como Tiano, foi o artilheiro geral da equipe com a incrível marca de 50 gols em três anos defendendo o clube. O vice-artilheiro, com 30 gols, é o atacante Fábio Penchel, seguido de Luiz Carlos com 22, Felipe Campos, que fez parte do elenco nos últimos três anos, com 17 e Rogério com 15. Quatro japoneses também já atuaram pelo clube: Suzuki e Abe, campeões da Terceirona em 97, além de Ikeuchi e Hirase, que estavam na equipe de 98.
O coordenador técnico Zé Carlos, o técnico do Infantil Pita e Delacir, professor do Centro de Futebol Zico, também já foram atletas profissionais do CFZ antes de passarem para o outro lado do campo. O preparador de goleiros dos times Infantil e Mirim, Jorcey Santos, já vestiu a camisa 1 do clube em 98.
O CFZ do Rio já teve oito treinadores em 10 anos de clube, o que não chega a ser um número alarmante diante do quadro nacional. Apenas em 2003, o clube mudou de técnico durante a competição com a saída de Andrade e a entrada de Carlinhos. Nos outros anos, o treinador que começou o trabalho teve o direito de ir até o fim. Andrade, por sinal, é o comandante com mais jogos disputados num total de 71 com 39 vitórias, 13 empates e 19 derrotas, contando o ano de 2001, quando dividiu o comando com Reinaldo Gueldini.
Jaime de Almeida foi o primeiro técnico, que conquistou a Terceirona em 97, e dirigiu o clube nos dois primeiros anos. Adílio entrou no seu lugar em 99 e, na temporada seguinte Carlos Alberto, o Cal, assumiu a equipe. Em 2001, Andrade e Reinaldo repartiam o comando e, no ano seguinte, apenas o primeiro permaneceu no cargo até 2003. Carlinhos assumiu no meio do campeonato e, em sete jogos, não conseguiu nenhuma vitória. Em 2004, Wilson Guerreiro teve a missão de resgatar o CFZ da terceira divisão e foi bem sucedido, mas não teve o mesmo desempenho na temporada seguinte. Neste ano, Júlio Marinho dirigiu o Azul e Branco no Estadual, chegou à segunda fase, mas não levou o time à final.
O adversário mais comum do CFZ do Rio nestes 10 anos foi o Bonsucesso. As duas equipes já disputaram 16 partidas e o time do Recreio tem uma pequena superioridade com quatro vitórias contra três do oponente, além de cinco empates. A Portuguesa esteve do outro lado do campo em 14 oportunidades e, dos adversários mais comuns, é o único que tem vantagem sobre o CFZ. A Lusa já venceu este confronto seis vezes contra quatro do Azul e Branco e quatro empates.
São Cristóvão, Céres e Serrano jogaram 12 jogos, o Macaé, ex-Botafogo, encarou o Azul e Branco 10 vezes, enquanto Boavista, ex-Barreira, e Duquecaxiense foram adversários em oito oportunidades. O time do Recreio já encarou dois grandes do futebol do Rio: Flamengo, em seu único jogo no Maracanã, e Botafogo, somando dois empates diante dos rubro-negros e uma derrota para os alvinegros.
Por 14 vezes, o CFZ do Rio marcou cinco ou mais gols numa partida, sendo que a maior goleada aplicada foi na Copa Rio de 2000: 8 a 0 diante do Anchieta. Em duas oportunidades, o Azul e Branco venceu por 7 a 0 e a primeira vez foi em 97 contra o Raiz da Gávea justamente em seu primeiro jogo oficial. O outro 7 a 0 aconteceu em 2001 na disputa da Segundona diante do Itaperuna, no estádio Antunes. A única vez que o time do Recreio sofreu quatro gols numa partida foi na Copa Rio de 99 em que o América fez 4 a 0, em Conselheiro Galvão.
Durante este mês de aniversário, muitos outros dados, entrevistas e declarações de quem fez a história deste clube estarão nas páginas do Site Oficial do Zico e do CFZ do Rio. Quem gosta do Azul e Branco do Recreio e torce para o seu sucesso não pode deixar de conferir as matérias especiais que estão sendo preparadas.
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