matérias especiais

Leonardo Filipo, em 02/10/2008

Eles partiram para o outro lado do mundo em busca do sucesso no futebol. Pegaram caminhos diferentes até se encontrarem em Hong Kong. Em comum, além do sonho de serem bem sucedidos, a origem no CFZ do Rio. Com a camisa do Citizen, o apoiador Marlon e o atacante Sandro vêm se destacando no campeonato nacional da ex-colônia britânica da China. Após quatro jogos, o time está em segundo lugar entre os 13 clubes. Sandro é o artilheiro da competição, com seis gols.

Ambos têm 21 anos, mas percorreram trajetórias distintas até chegarem a Hong Kong. Marlon é mais experiente em termos de Ásia. O garoto que jogava futebol na praia de Copacabana passou em teste no CFZ. Atuou no mirim, infantil, e em 2003, quando estava no juvenil, recebeu uma proposta para estudar e defender o time de uma escola no Japão. Conversas com dois jogadores do Azul e Branco que já haviam passado pela experiência – Bruno Luiz e Luiz Fernando – o levaram a decidir agarrar a oportunidade.

Na terra do sol nascente, Marlon contou com a ajuda do preparador físico Jeronymo Vasques, fundamental para ajudar a superar as dificuldades, como alimentação, língua e, principalmente, saudade da família. Em três anos aprendeu inglês e japonês e, com o segundo grau completo, defendeu nos dois anos seguinte um clube da segunda divisão da J-league, o Thespa Kusatsu.

– Depois de cinco anos no Japão, sentia muita saudade de casa e achei que estava na hora de retornar ao meu Brasil brasileiro – conta.

O retorno ao CFZ durou pouco. Disputou a Copa Rio pelo Boa Vista e após a eliminação da equipe surgiu nova chance de jogar na Ásia.



Sandro e Marlon no principal jornal de Hong Kong. Na foto menor, Bruno Coimbra, Alexandre Costa (diretor do Citizen) e Zico

O mineiro Sandro começou a jogar futebol na cidade de Rio Novo. Em Juiz de Fora, fez parte de um time de escolinha e tentou, sem sucesso, uma vaga no Tupi. Um treinador em Rio Claro o indicou para o CFZ, onde acabou aprovado no teste para o time juvenil. Ficou no Azul e Branco por quatro anos. Com a camisa do Angra dos Reis, disputou duas vezes a Copa São Paulo de Juniores. Este ano, o atacante foi vice-campeão estadual no Rio Grande do Norte, defendendo o Potiguar de Mossoró. Quando a proposta para jogar tão longe surgiu, Sandro foi tranqüilizado pelo zagueiro Ronan, que já havia defendido o Citizen.

A experiência no Japão ajudou Marlon. Em Hong Kong, o inglês é uma das línguas oficiais, junto com o chinês. Se lá a natureza se manifesta em forma de tufão, em terras japonesas ele se acostumou com os tremores de terra. Ele também já estava adaptado ao estilo de jogo asiático, menos cadenciado e mais corrido.

– E eu também já sabia comer de palitinho!

Sandro conta que, às vezes, os treinos são cancelados por causa de tufões:

– Quando o tufão é da escala 8, não tem treino. Quando está na três, não tem problema. É perigoso porque venta muito. Não pode ficar na rua, cai muita árvore.



Citizen: além de Marlon e Sandro, clube tem mais três brasileiros

A dupla anda sempre junta e tem a companhia de outros brasileiros que jogam no clube. Nas horas vagas passeiam e matam a saudade da família através da internet. Do estômago eles cuidam com churrasco e feijão. Em campo, Marlon explica o sucesso do amigo.

– O Sandro está fazendo a artilharia às minhas custas! – brinca.

Além de fazer gols, o fato de ser do Brasil já é um grande cartão de visitas em Hong Kong.

– Eles ficam bobos com a gente só porque somos brasileiros. Nos tratam muito bem – diz Sandro.

O contrato dos dois termina em maio de 2009. Marlon gosta da Ásia, mas a Europa seria um caminho muito bem vindo para conhecer novas culturas. Sandro vê como evolução natural jogar na China ou no Japão. Do outro lado do mundo, não esquecem a origem Azul e Branca.

– Sou muito grato pelo que o CFZ fez comigo. Me trataram super bem e tenho muito carinho pelo clube – diz Sandro.

Marlon elogia os treinadores com quem trabalhou e destaca um: o professor Kika.

– O CFZ para mim foi e é muito importante na minha vida. Cheguei lá com 13 anos e aprendi a me tornar um jogador de futebol, não só dentro de campo, mas fora dele também. Ainda mais se tratando do Centro de Futebol Zico, uma pessoa que não precisa nem de comentários. Aonde quer que fale o nome dele, é bem falado.

outras matérias especiais  |  arquivo geral de notícias

29/11

04/08

30/06

09/05

10/04

08/04

22/03

CFZ e Flamengo oficializam parceria

19/03

28/02

19/01

 

Profissional

próximo jogo contra

em / às :
(local: )

 

Último Jogo
Mesquita 2x2 CFZ do Rio

Categorias de Base

próximo jogo
x
em / às :
(local: )

 

Todos os direitos reservados - Produzido por !CO - CanalOficial.net e ClickSolution