matérias especiais

em 29/01/2005

Como acontece todo ano, a equipe escolar japonesa do Haguro FC esteve treinando no Centro de Futebol Zico desde o dia 18 de janeiro e, neste sábado, dia 29, embarcou para São Paulo. Na última quinta-feira à tarde, acompanhamos o treino da equipe e conversamos com o preparador físico brasileiro Jeronymo Vasques e o treinador japonês Naoki Honmachi.

Nesta pré-temporada, os japoneses também contaram com o apoio do técnico Dudu Coimbra, do preparador físico Alex Dalcin de Souza e do preparador de goleiros Márcio de Moraes Torres. Foram realizados dois amistosos e o Haguro saiu vitorioso em ambos. Os japoneses derrotaram o time do Núcleo de Itaguaí por 3 a 0 e o Jacarepaguá por 3 a 1.

O Haguro conta com quatro brasileiros em seu elenco, jogadores do CFZ do Rio que estão realizando intercâmbio na terra do sol nascente: Douglas, Marlon, Bruno Luís e Luiz Henrique, o Luizão. Jeronymo afirmou que todos eles estão muito bem adaptados. Inclusive, Luizão e Bruno vão se formar este ano e têm um leque de boas opções para continuar no futebol japonês. Eles podem tentar vaga em um time da J-League, seja primeira ou segunda divisão, conseguir se transferir para um time amador, uma universidade ou ainda uma escola técnica.

Jeronymo se mostrou muito orgulhoso do trabalho que está sendo realizado no colégio desde 2000, sendo que o brasileiro só se integrou à equipe em 2001. ?No ano passado, começamos realmente a colher os frutos deste trabalho e também do intercâmbio com o CFZ?, explicou. Em 2004, o Haguro foi campeão colegial de Yamagata pela primeira vez e, graças a este título, se qualificou para o ?Interhigh?, torneio que reúne as 48 melhores instituições de ensino do Japão. O time, com um jeitinho brasileiro, foi até a terceira fase da competição, que é disputada no estilo mata-mata, terminando entre os 16 melhores.

Outro título importante do Haguro, noticiado pelo ZNR na época, foi a conquista das eliminatórias para a tradicional Copa do Imperador, competição em que participam desde times colegiais até as equipes profissionais da J-League. ?Perdemos na primeira rodada, mas foi uma ótima experiência?, confirmou Jeronymo.

Depois disso, a equipe foi novamente campeã em Yamagata e conseguiu uma vaga inédita no torneio nacional de inverno, que começou no último dia 30 de dezembro e o Haguro fez o jogo de abertura. Novamente o time foi superado nas oitavas-de-final, se mantendo entre os 16 melhores. ?Mania de terceira rodada, só perde na terceira agora?, reclamou o preparador brasileiro em tom jocoso.

Jeronymo fez um resumo positivo do ano lá do outro lado do mundo: ?nossa escola saiu do anonimato para figurar entre as 16 melhores do Japão, portanto o trabalho foi muito gratificante?.

Intercâmbio aprovado

Seja pelos brasileiros ou pelos japoneses, Jeronymo Vasques garante que o intercâmbio entre Haguro e CFZ do Rio é um sucesso. ?Os meninos vem para cá sem saber o que vai acontecer, como é o futebol por aqui... Eles vêem muita televisão, mas você viver e jogar no Brasil é muito diferente. A cada treinamento, os garotos vão se soltando cada vez com mais descontração, integração com a comissão técnica, além de um trabalhinho na praia que também ajuda?, resumiu.

O preparador também disse que não falta trabalho duro, mas a parte do lazer é fundamental. ?Aos poucos, os japoneses vão fazendo amizade com os meninos do CT e do CFZ, aprendem a falar português e, às vezes, até besteira, mas não tem jeito, pois é o que se aprende mais rápido?, brincou. No entanto, Jeronymo vê um aspecto positivo nesta convivência, que pode ser melhor percebido na volta para casa. ?Eles chegam lá com muito mais bagagem e dividem o que lhes foi ensinado com quem ficou no Japão ou não pôde vir?, explicou.

Falando sobre o grande objetivo de tudo isso, Jeronymo revelou que a sua idéia e também do técnico Honmachi é formar jogadores para a J-League. ?Sabemos que é um trabalho difícil e que está apenas começando. Na região de Yamagata, algumas pessoas até acham que está indo rápido demais. Eu não concordo, pois só quem está aqui dentro sabe como foi duro chegar onde chegamos. É um sacrifico geral de todos: pais, atletas e comissão técnica, portanto tem muita coisa envolvida para se falar em sucesso precoce. Tudo o que colhemos foi fruto de trabalho árduo?, encerrou orgulhoso.

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